MALDITO CIÚME
No namoro é um mar de alegria
Só briguinhas ditas charmes de casal
Muitas juras de amor mais que eternas
Batem palmas para esse amor ideal.
Entretanto, no entanto, entre muitos
O amor com o tempo se esfria
No lugar de “amorzinho” vem os bichos
“Vaca gorda, égua, burra ou vadia”.
O mar sempre agitado de amor
Vira horror, tapa, soco, empurrão
No lugar de abraços e beijos, dor
O carinho cede a raiva e a agressão.
O ciúme é o grande vilão disso
O humano fica louco, embrutece
Ver o outro como um objeto seu
E as juras de amor ele esquece.
De repente a ira bate e em um segundo
Uma arma em uma mão descontrolada
Tira a vida a quem fez juras de amor
Com um tiro, uma pedra ou uma facada.
E só resta para os membros da família
Uma lápide carrancuda, suja e fria
Filha ou filho criado com tanto amor
Virou pó pelo amor que não havia.
JOEL MARINHO