O PLANETA PEDE SOCORRO! (O maior problema do homem é o homem).
Sei que muitos de vocês
Ao ler os primeiros versos
Me chamarão de ateu
De incrédulo, até perverso
Mas aqui só há respeito
Ao criador do universo.
O meu problema não é
Com Deus ou religião
Mas ao próprio ser humano
A nossa corrupção
Que não vale o que o gato enterra
Com as suas próprias “mãos”.
A Bíblia fala de um tempo
De grandes tribulações
Tragédias do “fim do mundo”
Tempestades, furacões
Terremotos, tsunamis
Maremotos e inundações.
Se é verdade eu não sei
Não é o intuito aqui
Longe de mim, quem sou eu
Com a Bíblia discutir
Meu intuito é a mensagem
Deixada pra refletir.
Que temos grandes tragédias
As catástrofes naturais
Isso não é novidade
Desde nossos ancestrais
Derretimento de gelo
Extinção de animais.
No entanto as tragédias
Que venho aqui narrar
São catástrofes provocadas
Por quem devia cuidar
Dessa bela natureza
Já prestes a acabar.
E quando acontece algo
Vão para a televisão
Com desculpas esfarrapadas
E com cara de bundão
Dizem: isso está na Bíblia
E pedem ao mundo oração.
Que me desculpem aqueles
Que ainda cai nessa cilada
Nada tem a ver com Deus
Toda essa presepada
Justificativas torpes
Não passa de palhaçada.
Vem alguns religiosos
Querendo justificar
Unidos a politicagem
Tentando me enrolar
Sai de retro, Satanás!
Vai mentir noutro lugar.
Se o planeta está morrendo
Nós somos os grandes culpados
Nosso drama é a riqueza
A qual temos acumulado
Nem que para isso deixemos
O planeta arrasado.
Nossa ambição é tamanha
Não respeitamos ninguém
Mesmo tendo queremos mais
Acumular muitos bens
Sem querer dar uma chance
Àqueles que nada tem.
No tal poder dos negócios
Dane-se quem perder mais
O chamo de fracassado
Meu ego me satisfaz
Que morra o outro sozinho
Porque a mim tanto faz.
E antes que alguém ouse
Comunista me chamar
Não vou manda-lo pra porra
Pra amizade não acabar
Também gosto de dinheiro
E minhas coisas comprar.
Não sou anticapitalista
Só tenho preocupação
Com a nossa natureza
E o sofrimento do irmão
Penso que podemos ter
Mas sem tanta ambição.
Ostentar se tornou cultura
Queremos ser milionários
Mesmo que pra tudo isso
Façamos outros de otários
Ganhando milhões por mês
E pagando míseros salários.
Assim vivamos “felizes”
Com a nossa ostentação
Queimemos nossas florestas
Matemos sem distinção
Faremos de fauna e flora
Um mar de destruição.
E quando todas florestas
Forrem varridas do chão
O último rio secar
Abrir no mundo um clarão
Choremos com nosso ouro
Nossa própria extinção.
Então morramos abraçados
Aos nossos livros sagrados
Se ainda tiver coragem
De eleger um culpado
Não vá dizer que foi Deus
Que o tenha amaldiçoado.
Também não venha com papo
De dizer, já estava escrito
Admita a sua culpa
Assim será mais bonito
Assuma os erros seus
Ao menos no último grito.
Entregar-se ao fim do mundo
E dizer, não tem mais jeito
É no mínimo irresponsável
Uma falta de respeito
Mostra o quanto somos nada
Não somos grandes sujeitos.
Somos tão irresponsáveis
Que procuramos culpados
Seja o outro ou seja um deus
Ao que fazemos de errados
E tudo justificamos
Nos tais dos livros “sagrados”.
Será que é tão difícil
Para qualquer um pensar?
Onde tira e não coloca
Deveras, vai acabar
Precisaria de um livro
Ou tenho que desenhar?
Penso ser questão de lógica
Não precisa pensar demais
Maltratar o “tico” e o “teco”
Culpar deus ou satanás
Só tudo isso acontece
Pela “merda” que a “gente” faz.
E assim vamos tecendo
A nossa maldade aqui
Destruindo a natureza
Sem termos aonde ir
Caindo em profundo abismo
Sem escada pra subir.
Vou encerrar por aqui
Esses meus maus feitos versos
Não sou guru nem profeta
Mas mantenho olho aberto
Sou um “vírus” entre tantos
Com seus instintos perversos.
No final eu admito
Também sou um dos culpados
Ajudo a destruir
O planeta e seu legado
Talvez aquilo que um dia
O deus nos deu com agrado.
Se acreditas em um deus
Ou a qualquer divindade
Ou até não acreditando
Mas é homem de verdade
Ainda há tempo pra salvar
A terra e a humanidade.
Se tu amigo leitor
Chegou a ler tudo isso
Façamos aqui um pacto
Selemos um compromisso
Pra mudar a trajetória
Defender com honra e glória
A terra do sacrifício.
JOEL MARINHO