Joel Marinho
Entre letras e versos
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AS APARÊNCIAS ENGANAM, JÁ OS JULGAMENTOS MATAM. (CLICHÊ)
Se eu fosse namorar
Não namorava comigo
Olhar meu próprio reflexo
No espelho, não consigo
Me sinto o próprio Dumbo
Orelhudo, que castigo!

Mesmo assim há exceções
Que me ver com outro olhar
Isso mostra que beleza
Não dá pra classificar
Aquilo que a mim é belo
A ti é feio de amargar.

O problema em tudo isso
São os nossos preconceitos
Mesmo que me ache feio
Eu exijo o respeito
Pois para cada “sandália”
Existe um par perfeito.

E as vezes a aparência
É só nuvem passageira
Depois que conhece alguém
Pensa então, mas que besteira
A beleza é um todo
Aparência é só asneira.

Maltratamos a alguém
Por maldade ou ignorância
Com as nossas “brincadeiras”
Destruímos confiança
Derrubamos autoestima
E matamos esperanças.

Brincar com a aparência alheia
Pode trazer confusão
Envenenar com a alma
Causar grande depressão
E levar ao suicídio,
Repense a sua ação.

A grande pergunta é
Eu gostaria de sofrer?
Um julgamento de alguém
Pois o outro não é você
Brincar com a aparência sua
Você iria entender?

E mesmo se entendesse
Ainda assim não é normal
Aquilo que eu nem ligo
Pode ao outro causar mal
Não julgue o outro por ti
Não seja irracional.

Talvez o que me causa traumas
A ti seria brincadeira
Mas não me julgue por ti
Não diga que é besteira
A minha vida não é
Sua vida, com certeza.

Deixo aqui o meu apelo
Pra sermos deveras humano
Deixemos os preconceitos
Saiamos desse oceano
Cercado de ignorância
Que somos contemporâneos.

Seja gordo, magro ou preto
Cada um tem seu um valor
Que não há nenhum dinheiro
Que compre esse esplendor
Pois o valor do qual falo
Nos atende por amor.

Amemos mais uns aos outros
E não prego religião
O amor é bem maior
Que essa grande contradição
De elegermos um deus
E perdermos a um ateu
Quando o amor é a “razão”.

JOEL MARINHO



Joel Marinho
Enviado por Joel Marinho em 25/03/2019
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