O QUE ME FEZ?
Eram sonhos tão sublimes e inocentes
E você sempre dizia ser apenas devaneios
E agora eu já em pleno fim da estrada
Não diga nada, você foi o meu freio.
A morte me ronda como víbora venenosa
Já não adianta mais arrependimento
Sinto o vento frio gelando-me forte a alma
Anunciando meus últimos momentos.
Onde estão meus sonhos sorridentes?
Me tornei um ser tão reticente
Minha audácia desapareceu.
Vem em mim, ó morte audaciosa
Arranca as últimas forças de forma ardilosa
Tira-me, tira-me qualquer possibilidade.
JOEL MARINHO