Joel Marinho
Entre letras e versos
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MAIS UM CAPÍTULO DA HISTÓRIA DO BRASIL
POR JOEL MARINHO
 
Já diz um ditado antigo
Que é de fato verdadeiro
Aquele que com ferro fere
Sai ferido o corpo inteiro
Porque o feitiço sempre
Volta contra o feiticeiro.
 
No Brasil os homens ricos
Estão cegos pelo poder
Praticam barbaridade
E doa a quem doer
Matam, esfolam e passam sal
Não importa quem vá sofrer.
 
Compram juízes e provas
Prendem quem querem prender
Não quero aqui tirar culpa
Nem me chamem de PT
Mas se for pra ter justiça
Faça a justiça valer.
 
Criaram um tal “comunismo”
Com fake News e terror
E se autodeclararam
Homens de grande valor
Disseram até que seriam
Da mãe pátria “salvador”.
 
Se intitulam cristãos
Julgam-se donos da luz
Choram na televisão
Que estão levando a cruz
Dizem que já leram a Bíblia
Mas não conhecem a Jesus.
 
Disseram que acabariam
Com a tal corrupção
Culparam a deus e o mundo
Falaram: é tudo ladrão
Vamos acabar com tudo
Criar uma nova nação.
 
De fato estão criando
Mas é um grande terror
Com a maldita reforma
Que vem sem nenhum pudor
No final quem vai pagar
É o pobre trabalhador.
 
A reforma verdadeira
Que é a Reforma política
Essa todos esqueceram
Ninguém mais tece uma crítica
Dentro desse laranjal
Cresce a lama sifilítica.
 
E em meio a tudo isso
Surgem uma bomba medonha
Se é verdade, não sei
Porém a coisa é estranha
Estranha, mas não a mim
Desde o tempo de campanha.
 
Estranho mesmo foi ver
Um juiz que condenou
Um “suposto criminoso”
Com as “provas” que juntou
Logo se tornou ministro
Chamado de “salvador”.
 
É como o cavalo cego
Vendido pelo golpista
Que falou ao comprador
O defeito está na vista
Sem entender a metáfora
Caiu nas lábias do “artista”.
 
Se perguntarem a mim
Mas será Lula inocente?
Meu amigo veja bem
Será que está demente?
Não se salva uma viva alma
Naquele covil de serpente.
 
Estão todos corrompidos
E se houver exceção
Coloque em sua cabeça
A aureola de São Romão
Pois de fato este merece
De Jesus a salvação.
 
Aqui não trato do fato
Quem é inocente ou culpado
O fato é que houve um golpe
Que já está quase provado
Resta saber se o juiz
Um dia vai ser julgado.
 
Certamente não será
Como muitos não serão
Já prenderam, mas soltaram
O amigo “vampirão”
Porque não mais ameaça
De ser o novo “vilão”.
 
Esse é carta descartada
No jogo não entra mais
Com a grana que pegou
Vai curtir como um rapaz
Com sua bela mulher
Nos paraísos fiscais.
 
Eu como sou baixa renda
Penso aqui, estou lascado
Não posso ir pra Europa
Porque não tenho “trocado”
Nem viajar de cruzeiro
Pois lá não fazem fiado.
 
Se escreve mais um capítulo
Da História do Brasil
Sendo escrito a ferro e fogo
Desde que o país Surgiu
Um dia o povo se zanga
E puxa a ponta do pavio.
 
E enquanto eles discursam
Pra livrar-se de acusação
Aumenta mais a peleja
Do pobre pelo feijão
Enrolados por quem ia
Dá fim na corrupção.

A você que acreditou
No lindo contos de fada
Eu bem que te avisei
Não caia nessa cilada
Estude a nossa História
Pois não vai lhe custar nada.
 
Não sou tão velho assim,
Mas já vivi o bastante
Pra deixar de acreditar
Em planos mirabolantes
Lembrei do Plano Cruzado
Ó fome deselegante.
 
E não quero ser do contra
No entanto, sou realista
Já vi militar cair
PC Farias sumir de vista
Eu como quero viver
Vou saindo sem deixar pista.
 
Deixo a você meu abraço
Não quero causar intriga
Peço perdão, meu amigo
Que do Moro compra a briga
Quando abraçar Bolsonaro
Passe a mão em sua barriga.
 
Quero saber se foi mesmo
Aquilo uma facada
Ou foi mais um Fake News
Se foi não esconda nada
Pois não posso acreditar
Ser aquilo patuscada.
 
E aqui eu me despeço
Antes que me deixem mudo
Quero de fato um Brasil
Robusto e muito “porrudo”
O mal por si se desfaz
A todos só quero a paz
E amor acima de tudo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Joel Marinho
Enviado por Joel Marinho em 10/06/2019
Alterado em 10/06/2019
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