Desde os tempos colonial Que a educação no Brasil Ainda com os jesuítas Sempre foi um desafio Era planta que não cresce Em um terreno hostil.
Só os privilegiados Conseguia esse saber Até porque não servia Para plantar e colher Quem iria ensinar “cobra” Para depois lhe morder?
Cerca de duzentos anos Era a mesma ladainha Nada de muito ensino Pois pouco interesse tinha De ensinar ou aprender Em terra sem rei nem rainha.
Porém a necessidade Fez Portugal repensar Com o achado do ouro Para os impostos cobrar Marquês de pombal pensou É hora de ensinar.
As reformas pombalinas Mandou os jesuítas embora Trouxe novas diretrizes Disse a mudança é agora Todos os súditos do rei Terá direito a escola.
Sabemos, porém que isso Foi só mesmo enganação Poucas mudanças vieram Para a nossa educação Ficou tudo no discurso Pouca coisa na ação.
Com o império formado Dizia o povo é agora Somente o Segundo Império Se não me falhe a memória Tivemos mais incentivos Mas pouco mudou na história.
Só no governo de Vargas Capanema entrou em cena Para a nova ideologia Analfabetismo era problema O projeto estado novista Criava um novo sistema.
E foi ainda em Vargas Pensada a LDB Lei de diretrizes e Base Para ensinar e aprender Porém só com João Goulart Veio de fato acontecer.
Não deixemos de citar Que houve sim evolução Durante esse tempo todo Para a nossa educação Porém está longe de ser O ideal a nação.
E no meio de tudo isso Vem na luta o professor Só quer ser reconhecido E um salário de valor Pois criaram nele um mito De trabalhar por amor.
Só esquecerem de ver Que o Brasil é capitalista E não se vive de vento A vida é bem realista Se o/a professor/a ganhar bem Ele/a vai lembrar também De “agraciar” o cordelista.