Joel Marinho
Entre letras e versos
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(DEPRESSÃO) A MORTE IMINENTE
 
Hoje escrevi de amor
De saudade e alegria
Escrevi sobre princesas
Príncipes, elfos e magias
Darei agora atenção
Pra falar de depressão
Essa alcova sombria.
 
E falar de depressão
É bastante complicado
Pois quase em toda família
Tem alguém muito abalado
Vivendo em sofrimento
Porque a qualquer momento
Deixa outros desolados.
 
E o século vinte e um
Não chegou de brincadeira
A maldita depressão
Em muitos passa a rasteira
E não importa a idade
Alta ou baixa sociedade
Mas muitos diz ser besteiras.
 
A falta de conhecimento
Ou a completa ignorância
São dois fatos que ajudam
Para a desgraça que avança
Comentário infeliz
Põe a vida por um triz
Descontrolando a balança.
 
Depressão é coisa séria
E precisa de tratamento
Muito atenção da família
Pra causar contentamento
Pois quem sofre dessa desgraça
É um vazio que não passa
Um mundo de sofrimento.
 
E como já foi falado
Há a grande ignorância
Quem era para ajudar
Olha com desconfiança
Procura dar uma dura
Dizendo isso é frescura
Isso é birra de “criança”.
 
E quando vem o pior
Os gritos de desespero
A culpa por ter achado
Que não era verdadeiro
E foi-se um ente querido
Para a morte foi perdido
O seu grito derradeiro.
 
Há de se lembrar também
Ao falar em tratamento
Que não adianta ir
Só quem está em sofrimento
Aos que convivem lado a lado
Também tem que ser cuidado
E não ficar sem alento.
 
Todavia ainda há
Uma grande resistência
De procurar tratamento
Bem mais forte que se pensa
Entre os homens principalmente
Pois menos homem se sentem
E logo vem a sentença.
 
Porque para a depressão
Não há homem ou mulher
Adolescente ou idoso
Branco, asiático, um qualquer
Preto, azul ou vermelho
Para ela não há espelho
Pois leva quem ela quer.
 
E como então se livrar
Da maldita depressão
Posso comprar com dinheiro
O meu livramento então?
Não senhor não há dinheiro
Que retire o desespero
Não existe salvação.
 
Porém há compreensão
Muita conversa e amor
Tratamento o quanto antes
Porque depois acabou
Não adianta chorar
Quando a cortina fechar
Depois que o leite derramou.
 
Não diga ser mimimi
De quem vive nesse tormento
Se não puder ajudar
Eu peço nesse momento
Muito ajuda quem não atrapalha
Não seja essa navalha
Causando mais sofrimento.
 
Pois é um grande vazio
Um buraco bem profundo
As torrentes de tristeza
São as piores do mundo
Por mais forte que se possa ser
Não tem muito a se fazer
É difícil sair do fundo.
 
Temos também os discursos
Que isso é falta de Deus
Porém a doença ataca
Do religioso ao ateu
Então teremos cuidado
Pra não cometer pecado
Assim como os filisteus.
 
E por tocar nesse assunto
Ocorreu essa semana
Mais uma moça foi vítima
Dessa doença insana
E a mulher de um jogador
Não respeitou nem a dor
Igual uma draconiana.
 
Falou que a moça já morta
Ia queimar no inferno
Sinceramente eu duvido
Que sejamos tão moderno
E fazemos de uma tragédia
Cenas da Idade Média
Vou anotar no caderno.
 
Vou por aqui terminando
Mas tem muito a se falar
Discutir abertamente
E tentar recuperar
A auto estima das pessoas
Para encarar numa boa
Esse mal triste no ar.
 
E se tiver na família
No trabalho, um amigo
Seja você paciente
E estude sobre o perigo
Aprenda que essa doença
É bem pior do que se pensa
Dê as mãos, venha comigo!
 
 
 
 
 
Joel Marinho
Enviado por Joel Marinho em 22/07/2019
Alterado em 22/07/2019
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