DESESPERANÇA
Eu queria escrever
Belas trovas de amor
Porém meu olhar perdido
Só enxerga tristeza e dor.
Disseram-me, vai
Agora é felicidade
Sorri alegremente
Mas outra vez, maldade.
Pareciam tempos bons
Um oásis se formando
Mas era só ilusão
Novo deserto, tirano.
Desculpem leitores
Minha desesperança
Era tudo tão melhor
Nos dias de criança.
A politicagem me irrita
Me dá náuseas a religião
Por onde anda o amor?
Ainda terá salvação?
JOEL MARINHO