POR TRÁS DO SILÊNCIO
Quem vai e vem todos os dias
Em suas máquinas voadoras
Cuspindo fumaça pela descarga
Jamais imaginaria
A triste agonia da terra
Que sôfrega e arquejante
Já não aguenta mais
Ao lixo que nela enterra.
E ela parece tão bela
Não demonstra sacrifício
Tão sisuda e tão quieta
Pintura de aquarela
Não respeitamos a ela
Nossa mãe e nossa casa
Sua revolta está próxima
E creia, será malévola.
JOEL MARINHO