A TERRA QUEIMA, FIM DE JOGO!
O dia ensolarado de repente escureceu
A cena que se tornou, ar de filme de terror
O céu azul anil, sumiu, perdeu a cor
O sinfonia dos pássaros desapareceu.
E no seio da floresta, arqueja o tamanduá
A brava onça pintada sem força desfaleceu
O tatu pede socorro, água pelo amor de Deus!
A cobra carbonizada, silêncio impera por lá.
O lucro fala mais alto, jogo sórdido, acusação
O papo de soberania misturado com nação
Enquanto se discute mais bichos ardem no fogo.
A Europa preocupada com a Amazônia?
Vou dormir, isso é miragem, é insônia!
A terra está queimando, então, fim de jogo!
JOEL MARINHO