APENAS ESTATÍSTICA, MATEMÁTICA
Mais uma baforada quente de veneno
O "monstro" de ferro desfere em meu nariz
A vida envenenada segue por um triz
Tenho que sorrir para tornar ameno.
Uma bala perdida aloja em meu peito
Seria por eu ser um alvo em potencial?
Ou porque dizem que sou do grupo do "mal",
Ou seria simplesmente por eu ser preto?
Desce um corpo sereno na cova fria
Nenhum tiro para o ar, nenhuma homenagem
Simples estatística, viro matemática.
Em frente a TV assiste a cena de forma estática
Ainda comemora ao ver minha imagem
Chama-me de bandido com extrema covardia.
JOEL MARINHO