A MARCA DA LÂMINA
Meu choro incontido na madrugada
Angústia desenfreada, vida amarga
Desce meu pensamento até o inferno
O inverno de meus dias gela o corpo.
Estou louco! Estou louco?
Ó vida infeliz, ó karma maldito!
Infinito desprazer, lâmina na carne!
Covardia? Por que me julga assim?
O sangue que jorra ensopa meus sonhos
A carne ferida é jogada aos lobos,
Sou resto, sou nada, cruel madrugada
O escuro me cega. Onde está a luz?
A marca da lâmina se fez tatuagem
Quem dera ser miragem toda essa dor
Na manhã acordar deste infame terror
Horror que me causa a lâmina afiada!
JOEL MARINHO