RETORNO DA SAUDADE
Quando retorno à terra a qual nasci
Ó triste meu penar, que diferença,
Eu criança depositei a minha crença
Que o mundo não existia além de ali.
Lembro-me das manhãs e seus orvalhos
Céu coberto por um enorme nevoeiro
Aquele chão vermelho de flor no terreiro
Os jambeiros liberavam dos seus galhos.
Fecho os olhos e sinto o cheiro das tais flores
Abro os olhos e vejo o circo dos horrores
Onde estão os colibris sugando o néctar?
É tão triste só ver mato, pasto e gado,
Só existem as lembranças por legado
No meu velho pensamento que conecta.
JOEL MARINHO