SONETO DO SONHO
Fez-te sonho, encanto na minha fria madrugada,
Deusa/mulher de cabelos escuros quanto à noite,
Seu sumiço na escuridão doía tanto quanto açoite
Por que ia embora sem deixar pista na estrada?
Fez-se mistério naqueles tão misteriosos sonhos
Na alma o mar revolto travestido de encanto juvenil
Aqueles negros cabelos caído sobre o espaço vazio
Na escuridão desaparecendo me deixava tristonho.
E nas estradas vazias caminhava em linha vã
Procurava no arco-íris nos confins do horizonte
A doce deusa por quem a noite me apaixonava.
A dor que aquele maldito vazio me causava
Fazia-me acreditar que o amor era um farsante
Até revelar-se em mulher numa doce manhã.
JOEL MARINHO