A ATROZ POLITICAGEM MATA MAIS QUE AS DOENÇAS
POR JOEL MARINHO
Desde os tempos de criança
Sofro com a politicagem
Passei fome várias vezes
Pela falta de verdade
Pela fome do poder
Já vi matar e morrer
Esses homens tão covardes.
Nasci em pleno regime
Chamado de militar
Generais eram os “deuses”
Governavam “sem” roubar
Eu vou ficar mudo e moco
Pra ninguém achar meu corpo
Desovado em algum lugar.
Ouvi gritos pelo Brasil
Dizendo “Diretas Já”
Candidato prometendo
Em dar fim em marajá
Plano cruzeiro e cruzado
Ferrando o pobre coitado
E no meio eu estava lá.
A ânsia de um “novo dia”
Com o novo presidente
Aplausos a Tancredo Neves
“Liberdade” finalmente!
Deram um “jeito” no velhinho
“Tirando ele do caminho”
Sarney chegou de repente.
Eita desgraça da peste
Aquela fome do cão
Empregos não existiam
Era enorme a inflação
Política de congelamento
Causou descontentamento
Para os “donos” da nação.
Lula e Fernando Collor
Era o novo, a esperança,
Acreditaram no Collor
Pondo nele a confiança
Primeiro pelo povo eleito
Para impor o respeito
E acabar com aquela dança.
Na eleição Collor e Lula
Com seus discursos acirrados
Prometeram para o povo
Acabar com o legado
Da terrível corrupção
Que vem desde o Dom Pedrão
Esse vírus desgraçado.
E o lula já dizia
Vou acabar com a pobreza
Votem em mim, sou o Messias
Não vai faltar pão na mesa
Melhor pro paraibano
Venceu ao pernambucano
E o resto é a tristeza.
Porque o resto já sabe
Quem estudou a história
E eu não gosto de lembrar
Daquela triste memória
Meu pai naquela tristeza
Não poder por pão na mesa
Ainda dói mesmo agora.
Todo o dinheiro trancado
E muitas corrupções
Para quem se elegeu
Para acabar com os ladrões
Criações de CPIs
Pra colocar o pingo nos Is
E prender os tais “anões”.
Foi o Collor “impeachmado”
E PC Farias em degredo
Foi preso e depois foi solto
Mais sabia dos segredos
Morreu ele e a namorada
Em uma grande emboscada
E acabou com o enredo.
Com o impeachment do Collor
Assumiu Itamar Franco
Porém sem muita esperança
Igual um cavalo manco
Que entra numa corrida
Com perspectiva perdida
Já a beira do barranco.
Veio a nova eleição
Lá se vem de novo o Lula
Pense num cara insistente
Mais teimoso que uma mula
Fernando Henrique venceu
Outra vez Lula perdeu
Mas não era a vez caçula.
Pois na próxima eleição
Novamente a mesma disputa
Fernando Henrique de novo
Com o Real não discuta!
E Lula perdeu de novo
Mas prometendo ao povo
Não desistir da labuta.
E nesse meio, senhores,
Ao pobre sempre foi peia
Até melhorou um pouco
Porém a coisa era feia
Desemprego e corrupção
Os vilões dessa “nação”
São sempre as grandes centeias.
E aquele velho discurso
Que o saco já encheu
A tal direita e esquerda
Sinceramente, já deu,
Para mim tudo é suspeita
Não tem esquerda ou direita
Parem pelo amor de Deus!
O que existe no Brasil
É uma grande putaria
A briga pelo poder
Cega e nos faz covardia
Ao povo é só porrada
Nas costas é só chibatada
Nesse mar de hipocrisia.
E depois de muita luta
Enfim o Lula ganhou
Dizia o velho slogan
A estrela no céu brilhou
Falava na eleição
Adeus a corrupção
E o povo acreditou.
Oito anos no poder
Não vou aqui crucificar
Algumas coisas mudaram
De Fernando Henrique pra cá
Mas a Dilma estocando vendo
Lá se vem mais sofrimento
E o povo a reclamar.
O discurso das pedaladas
Derrubaram a presidenta
Mas depois continuaram
Aquela mesma tormenta
Tirando do pobre os direitos
Sem cerimônia ou respeito
Só tapa nas nossas “ventas”.
E para ficar pior
Elegeram o tal de mito
A coisa já estava feia
Então já era previsto
Mas dizia na eleição
É o fim da corrupção
O Brasil está bonito.
Aí vem investigação
Ao filho do presidente
Diz ele o meu filhinho
Garanto, é inocente,
Porém de toda maneira
Tenta dá uma rasteira
Na investigação de repente.
Enfim, não vou me alongar
Nessa viagem da História
É só para relembrar
Tu que tem curta memória
Que defende como otário
Seguimento partidário
Vá estudar ainda é hora.
Tu que se mete em disputa
Defendendo um dos lados
Deixa de tua burrice
É melhor ficar calado
A História é testemunha
Essa cambada sem vergonha
Só quer te ver esfolado.
Não tem direita ou esquerda
Nem politica de verdade
Quando se chega ao poder
Começam as trairagens
As politicas sociais
Todas deixadas pra trás
Em prol da politicagem.
E faz você de otário
Defendendo cafajeste
Desde D. Pedro I
É esse vírus da peste
A tal da corrupção
Destruindo essa “nação”
Norte, Sul, Centro e Sudeste.
Eu aprendi que o poder
Transforma qualquer vivente
Já vi muitos se perder
Inclusive com alcunha de crente
Com um discurso profundo
Promete mundos e fundos
Esse povo nem é gente.
E enquanto tu ficas ai
Defendendo igual otário
Eles estão maquinando
Para ferrar com o teu salário
Além de grandes impostos
Vão te matar de desgosto
Diminuindo teu numerário.
As políticas sociais
Como disse abandonadas
A renda de todo país
Estão deveras concentradas
Nas mãos de alguns empresários
E tu pagando de otário
Nessa grande palhaçada.
Se quiser continuar
Pode ficar a vontade
Siga como um carneirinho
O teu líder de “verdade”
Sem pressentir o perigo
Já vai estar no abismo
E talvez já seja tarde.
E desculpem a ladainha
De um poeta sem razão
Que não fica a puxar saco
De político fanfarrão
Seja civil ou militar
Todos vêm pra te ferrar
Tu acreditando ou não.
E em meio a pandemia
Reflita um pouco, pensa,
Por culpa desses pilantras
Tu também levarás prensa
Falo aqui uma verdade
Que a atroz politicagem
Mata mais que as doenças.