EXISTÊNCIA INEXISTENTE
Desceu rasgando o peito
Como punhal perfurante
Aquelas frases desconexas
Tendo como final um adeus.
Como em um livro triste
Desapareceu no mar de gente
Que vagueiam indo e vindo
Sem destino por ai.
Sentado naquela praça
Espera por sua volta
Ele é como uma planta
Porém sem brilho e cor.
Quem liga para ele?
Mesmo que todos o conheçam
Ninguém sabe o seu nome
Aquele homem perdido.
É mais um entre os bancos
Entre as plantas da praça
Na decoração da paisagem
Todos veem e ninguém nota.
JOEL MARINHO