Joel Marinho
Entre letras e versos
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  SAUDADE, ESSA DOR QUE MACHUCA.
POR JOEL MARINHO
 
Hoje falo de saudades
Com os olhos mareados
Por mais que queira ser forte
Eu me sinto desolado
Longe de muitos que amo
Por vezes acabo chorando
Em minha casa, confinado.
 
É uma dor que machuca
Mais que um punhal agudo
Faz perder a audição
Conversador ficar mudo
Quem sofre perde a razão
Essa dor no coração
Chega a ser absurdo.
 
Quem mora em lugar distante
Longe de sua família
É como um naufragado
Que se perde em uma ilha
Ver o mundo lá distante
Sente um suspiro ofegante
Preso em uma armadilha.
 
Isso dói quando alguém
Que tu nem está esperando
Manda-te uma mensagem
E você fica escutando
No final diz que te ama
E tu jogado na cama
Com isso acaba chorando.
 
Você lembra-se da infância
E de tudo o que passou
Daquelas dificuldades
Das lutas que enfrentou
Porém você tem certeza
Que a família é fortaleza
Foi ela que o sustentou.
 
Por isso tenho orgulho
De meus pais e meus irmãos
Mesmo nas dificuldades
Sempre estenderam as mãos
Meus tios, primos e amigos,
Sempre estiveram comigo
Com muita satisfação.
 
Hoje distante de todos
Vem-me aquela saudade
Relembro dias felizes
Quão grande a felicidade
Vem-me aquele pensamento
De estar em contentamento
Na minha humilde cidade.
 
Mas a vida é mesmo dura
E precisamos sair
Em qualquer lugar do mundo
Temos sempre que seguir
E nessa realidade
De distância e saudade
Nosso sonho é prosseguir.
 
E assim nessa distância
Uma amarga realidade
Construímos nova vida
Cheio de felicidade
Porém não somos completos
Com o peito todo aberto
Carregado de saudades.
 
E à minha linda família
Deixo aqui o meu abraço
Se a saudade me faz chorar
Com um sorriso eu disfarço
Mas nunca irei esquecer
O lugar que me fez crescer
Meus parentes, meu compasso.
 
Peço a mamãe e papai
Que perdoem minha distância
Sou de vocês um menino
Que cheio de esperança
Queria ganhar o mundo
Num sentimento profundo
Com aquele sonho de infância.
 
Hoje já homem e cansado
Não me arrependo de nada
Pois tudo o que conquistei
Por essa dura estrada
Foi mérito por ter lutado
Mas o meu manto sagrado
São em suas mãos calejadas.
 
Eu vou continuar lutando
Porque não creio na sorte
Nasci pra ser vencedor
Assim que me tornei forte
Tenho signo de aquário
Não nasci pra ser otário
E nem pra temer a morte.
 
Mas essa louca saudade
Ás vezes me faz sofrer
Quando me pego pensando
Sinto a lágrima escorrer
É uma dor que rasga a alma
Preciso pensar com calma
Para louco não correr.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Joel Marinho
Enviado por Joel Marinho em 09/04/2020
Alterado em 09/04/2020
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