AS LETRAS
Elas são frutos da minha imaginação
São fantasmas que surgem na escuridão
E riem para mim exacerbadamente
Entranham em meu pensamento vazio
E logo formam um rio corrente
Às vezes inconstantes
Noutras inconsistentes
Tornam-se imensas maresias
Confundem minha cabeça
Mas quando amanhece o dia
Todas amarradas em uma mesma corrente
Tornam-se uma ponte consistente
E eu fujo do triste calabouço
Nas tranças da poesia.
JOEL MARINHO