DESAMPARADA
O dia todo lutava
Forçava e se esforçava
Esbaforida, caindo
Pobre formiga carregava
Uma enorme folha
Nas costas e sozinha.
Mas de repente...
Uma chuva torrencial
Fechou o seu caminho
E aquele pingo d’água
Levou sua folha com força
De forma torrencial.
Que sorte da formiga
A folha flutuou na água
E salvou sua vida
Mas nunca mais voltou
Para o amparo de sua colônia
E virou uma formiga sem casa
Perdida e desamparada
Numa folha qualquer.
JOEL MARINHO