JUSTIFICANDO O INJUSTIFICÁVEL
Já tinha passagem pela polícia, mas
Usando tornozeleira estava livre
Saciando a sua vontade criminosa.
Tapas com força deu em seu filho
Inocente de um ano e dez meses de idade
Facínoramente filmou toda a cena
Inteiramente dono de si
Certo de que chamaria a atenção da ex-mulher.
Agora novamente foi preso, mas até quando?
Na verdade poderia pagar uma fiança, porém
Deveras ficará preso por não ser réu primário
O que alivia ao menos por um tempo a todos.
O pai não é quem deveria cuidar e proteger o filho?
Injustificável foram suas palavras ao ser preso
Nada mais sórdido que as torpes palavras
Já bati assim outras vezes, mas a culpa é dela!
Uma balela sem tamanho que chega enoja.
Será jugado nos rigores da lei?
Terá a liberdade cerceada de forma exemplar?
Iluda-me, ó justiça, iluda-me ao menos uma vez!
Faça esse favor à sociedade e a essa criança
Imerge esse ser no castigo adequado à lei
Cabe a você, justiça fazer cumprir a pena.
Áureo será um novo tempo, eu acredito,
Ver criança sendo criança brincando livremente
Esperançosas e acreditando nos adultos sem medo
Legando-lhes proteção ao invés de maltratá-las.
JOEL MARINHO
Esse acróstico que escrevi foi sobre um caso que ocorreu essa semana na cidade de Manaus, infelizmente. Um "pai" espancou o filho de um ano e dez meses e ainda filmou o ato, segundo ele para chamar a atenção da mãe da criança da qual ele está separado.
Enfim, resolvi escrever esse acróstico que infelizmente não é uma mera inspiração. Penso que foi também para descarregar um pouco dessa revolta que acaba causando em nós.