PALAVRAS SUPRIMIDAS
Se muitas vezes me calo
Se as palavras não vem
Todas as palavras do mundo
Não te descreve, meu bem!
A tua superioridade
Não se define em palavras
Diante a tua tez sublime
As poesias são escravas.
Às vezes fico sonhando
E com os olhos abertos
Agradecendo aos deuses
Por eu ter você tão perto.
Não se aborreça, amor!
Por minha voz suprimida
Dai um pouquinho de luz
Ao seu vassalo, querida!
E se diante de ti
A minha voz se calar
Basta a mim seu sorriso
Pra qu’eu possa contemplar.
JOEL MARINHO