Joel Marinho
Entre letras e versos
Textos
SEM RIMAS, SEM VERSOS
Hoje eu queria rimar
Mas confesso, não tem versos.
Vejo choro, miséria, carestia.
Vejo a agonia dos animais
Cenas reais, jacarés agonizam.
Aqueles gigantes por vezes ferozes
Sem “vozes”, morrem queimados,
O tamanduá cansado quer água
O macaco coitado desaba.
A bala perdida acha alguém
Na maioria das vezes um pobre
E pra variar, preto.
O discurso de ódio revela o algoz
Mete fogo na favela!
O fuzil cospe fogo
É o jogo dizem eles,
Os que comandam o poder.
E mais uma vida se vai
De um filho, uma mãe, um pai.
Uma criança assassinada
Dentro de casa metralhada
E lá vem a “piada”
De mau gosto, é claro,
Foi legítima defesa.
O nó na garganta
As lágrimas presas
Insistem em cair,
Por isso, amigos...
Nesse momento
Não tem verso
Não tem rima
Estou sem clima
E o arroz uma fortuna.
JOEL MARINHO
Hoje eu queria rimar
Mas confesso, não tem versos.
Vejo choro, miséria, carestia.
Vejo a agonia dos animais
Cenas reais, jacarés agonizam.
Aqueles gigantes por vezes ferozes
Sem “vozes”, morrem queimados,
O tamanduá cansado quer água
O macaco coitado desaba.
A bala perdida acha alguém
Na maioria das vezes um pobre
E pra variar, preto.
O discurso de ódio revela o algoz
Mete fogo na favela!
O fuzil cospe fogo
É o jogo dizem eles,
Os que comandam o poder.
E mais uma vida se vai
De um filho, uma mãe, um pai.
Uma criança assassinada
Dentro de casa metralhada
E lá vem a “piada”
De mau gosto, é claro,
Foi legítima defesa.
O nó na garganta
As lágrimas presas
Insistem em cair,
Por isso, amigos...
Nesse momento
Não tem verso
Não tem rima
Estou sem clima
E o arroz uma fortuna.
JOEL MARINHO
Joel Marinho
Enviado por Joel Marinho em 21/09/2020
Alterado em 22/09/2020
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