A VOCÊ MEU CARO JOVEM DEIXO AQUI O MEU PEDIDO: EXTERMINE A CORRUPÇÃO!
AUTOR: JOEL MARINHO
Puxe a cadeira meu jovem
E leia o que eu vou narrar
Nesse cordel mal escrito
Quanto a isso deixa pra lá
Quero mesmo é que você
Atente ao que eu vou dizer
Nesta História de assustar.
Desde o tal de Pedro Alvares
Conhecido por Cabral
Que o Brasil foi roubado
Na maior cara de pau
Pensando nem acredito
Que até no Brasil do “mito”
O roubo é coisa “normal”.
Por enquanto deixa o “mito”
Vou falar dele depois
Quando estiver narrando
O preço do quilo de arroz
Por enquanto eu me concentro
A falar de outros nojentos
Dentre eles o Queiroz.
Mas voltemos a Cabral
Com aquele papo furado
Que havia se perdido
Por conta do tempo fechado
Da Índia perdeu o rumo
E que ao sair de prumo
Chegou ao mundo encantado.
Rebatizou Pindorama
Por nome de Vera Cruz
Depois veio outro nome
Como Ilha de Santa Cruz
Trouxe mais malevolência
Praga, diabo e doença
Pra depois “trazer” Jesus.
Pra completar a bagaça
Trouxeram a escravidão
Escravizaram os índios
E a África na contra mão
Fizeram um escarcéu
Criaram inferno e o céu
Subjugando aos irmãos.
Estupraram as culturas
Porém as índias também
Em nome das escrituras
Não respeitaram ninguém
Cometeram atrocidades
Com suas falsas verdades
Mandaram muitos ao além.
Mais de quatrocentos anos
Subjugaram os nativos
E para ficar “melhor”
Trouxeram milhões de cativos
Completando o caldeirão
E assim se fez a “nação”
Brasileira sem cultivo.
Deixemos a tal colônia
Do “Pacto” Colonial
Que de pacto não tinha nada
Era só pra ser formal
Vamos falar de D.João
Que igual menino fujão
Mexeu mais nesse mingau.
Depois veio o filho dele
Com aquele grito fajuta
Que só os sapos ouviram
Pois presos naquela gruta
As margens do Ipiranga
Tinham dois sapos de tanga
Perguntando, ele biruta?
Formou-se então o Brasil
Disseram ser uma nação
Mas para unificar
D. Pedro usou canhão
O povo daqui do norte
Vestiu-se de braço forte
E ao Brasil disse não.
Depois fugiu como um rato
Ao rumo de Portugal
Levou toda a nossa grana
De uma forma imoral
A tal da corrupção
Já era coisa do cão
Em tempo imemorial.
Deixou o filho “Pedrinho”
Com o abacaxi na mão
Com apenas cinco anos
Nem sabia da lição
E o Brasil padecia
Em mãos de gente vadia
Com guerras de separação.
E quando Pedro segundo
Assumiu a direção
O Brasil mudou um pouco
Menos a escravidão
Outra coisa não mudou
E assim continuou
O vírus da corrupção.
E quando os militares
Destituíram o velho Pedro
Disseram agora acaba
O diabo desse segredo
Corrupção nunca mais
Essa coisa do satanás
Mandaremos ao degredo.
Porém ficou no discurso
A coisa continuou
Porque penso que o tal vírus
Ao Brasil contaminou
E matou qualquer resquício
De alguém ter compromisso
E governar com fervor.
Política do Café com Leite
São Paulo e Minas Gerais
E o voto de cabresto
Essa coisa do satanás
Pra completar o cinismo
Criaram o coronelismo
Só de pensar é demais.
E o voto de cabresto
Está longe de acabar
Comprar voto é proibido
Mas quem pode vai comprar
Passa por cima da lei
Aqui quem tem grana é “rei”
E em tudo pode mandar.
Getúlio acabou o ciclo
Separou leite e café
E todo mundo dizia
Esse é o homem de fé
Então virou ditador
A oposição ele enxotou
Na base do pontapé.
Assim sem oposição
Não havia o que investigar
Tudo o que fazia era “lei”
Se alguém quisesse falar
Era levado a cadeia
E depois de muita peia
Ele mandava matar.
Os que vieram depois
Até a outra ditadura
Trouxeram vários discursos
E continuou a falcatrua
Veio com a vassoura o Jânio
Dizendo eu varro sem engano
A corrupção pra rua.
Em pouco tempo no poder
Não aguentou a pressão
Quebrou o cabo da vassoura
Foi a maior decepção
Chegou logo João Goulart
Dizendo eu vou consertar
E acabar a corrupção.
Mas logo foi sucumbido
Por baioneta e fuzil
Os militares disseram
Consertaremos o Brasil
Deram a ele um “remédio”
E o tiraram do tédio
Pra outra vida partiu.
“Acabou” a corrupção
Com os atos institucionais
Não havia investigação
No Brasil gerou a “paz”
Se não há investigado
Nada pode ser provado
Neste jogo tão voraz.
Veio a reabertura
Com pedido de mudança
O Brasil depositou
Em Tancredo a confiança
Mas na “Torre de Babel”
Tomou o “leitinho do Abel”
Morreu ele e a esperança.
Sarney assumiu o cargo
Com uma imensa inflação
Cada vez mais ficou rico
Deixando o pobre na mão
Era arrocho como o diabo
E pobre só tomou no rabo
Com muita decepção.
Veio então Fernando Collor
Dizendo vou acabar
Com essa tal falcatrua
É também o marajá
Dizia ele com gosto
Sou nordestino “culhão” roxo
Fez o povo acreditar.
Foi anão da previdência
E o “grande” PC Farias
Trancaram toda a grana
E o pobre na agonia
Já perdida a esperança
Sem nenhuma confiança
Tamanha era a covardia.
Collor foi “impeachmado”
Chamado de traidor
Assumiu o Itamar
Que até um pouco mudou
Só não mudou a estrutura
Corrupção na cara dura
Foi o que a nós sobrou.
Depois o Fernando Henrique
Que acalmou mais o povo
A coisa tinha mudado
Já dava pra comer ovo
Porém a corrupção
Seguia na contramão
Sem trazer nada de novo.
E o Lula que prometeu
Erradicar com a fome
E todo mundo dizia
Esse sim que é o homem
Mas tem um ditado antigo
Quem de porco é amigo
É porque farelo come.
Não vamos aqui dizer
Que nada por aqui mudou
O pobre teve esperança,
Mas pouco tempo durou
De um modo muito sacana
Igual macaco ao ver banana
Comeu e se lambuzou.
E ainda escorregou
Com a casca da banana
Pegou propina e pagou
“Encheu as burras” de grana
Foi acabar na cadeia
Por sorte não levou peia
E a muitos ainda engana.
Dilma a primeira mulher
Presidenta do Brasil
Trazia tanta esperança
Daquelas que ninguém viu
Eu falo e não invento
Queria era estocar vento
E assim de cara caiu.
Mas aí chegou o “mito”
Disse “eu sou a solução”
Com seus discursos de ódio
Disparando palavrão
Nunca foi a um debate
Com medo do tal embate
Ao falar de corrupção.
O resto nem vou falar
Todos conhecem a História
De Queiroz a rachadinhas
Pra quem tem curta a memória
Para salvar os filhinhos
Estressados e mimadinhos
Mandou ministros embora.
Então meu jovem leitor
Vou agora lhe falar
Que desde o tal Cabral
A política foi de lascar
Ao se tratar de corrupção
Nada mudou até então
É hora então de mudar.
Infelizmente agora
Nada podemos fazer
Os que agora se apresentam
Está difícil de escolher
Com pensamentos pequenos
Escolhamos o que roubou menos
Isso é triste de dizer.
Mas é em ti caro jovem
Que deposito esperança
São nas novas gerações
Que eu tenho confiança
De quebrar as estruturas
Desse mar de amargura
E acabar com essa lambança.
Pois a tal corrupção
Já virou em nós cultura
Mas é hora de curar
Essa maldita loucura
Pra que a nova geração
Fuja da corrupção
E viva sem essa agrura.
Use então novos parâmetros
Busque mais honestidade
Esqueçam os exemplos maus
E façam mais caridades
Já viram o que não deu certo
A história é um livro aberto
Mostra amor e as falsidades.
E assim eu me despeço
Acreditando em você
Que talvez por um acaso
Pegou esse cordel pra ler
A você muito obrigado!
Por favor, mude o legado!
Para o futuro florescer.