ETERNAMENTE DE MÃOS DADAS
Ver-te indo é perder-te sem rima
Tu soberba sem o olhar instigante
No espelho vejo o meu semblante
Desfalecido no quarto sem clima.
Sou noite constante sem brilho
Peregrinando em vis sofrimentos
Torturado por meus sentimentos
Locomotiva que perdeu o trilho.
E quão belo um dia foi meu sorriso
Ao teu lado a alegria era bem vinda
Costumaz naquele lindo paraíso.
O que me resta? senão um resto de vida!
Falta pouco pra andarmos de mãos dadas
Caminhando pelo céu sem despedidas.
JOEL MARINHO