E ESSE TAL DE AMOR
E esse tal de amor
Como é louco!
Às vezes surdo,
Às vezes cego,
Às vezes mudo,
Mas sempre insano.
Ele nunca se revela,
Não assim de vez
Ele quer sempre abstrato
Mesmo sabendo que um dia
Ele vai ter que se revelar.
É como uma fotografia antiga
Primeiro fotografa
Em um negativo
Para depois revelar-se
Em positivo
Preto e branco
Ou colorido,
Mas não sem ansiedade
Se vai dar certo ou errado.
Esse tal de amor é louco
E gosta de ser misterioso
Talvez por isso
A nos ser revelado
Ele é tão alentador
E nos faz suspirar de emoção.
JOEL MARINHO