PERDÃO? JAMAIS!
Encontrei muito zangado
Um amigo de infância
Que chorando igual criança
Nas mãos trazia um terçado
Procurando um inimigo
Que o fez correr perigo
Tirando-o sua paz
Eu fui falar em perdão
Ele me disse: “aqui não
Perdão eu darei jamais”.
“Dizem, quem ama perdoa,
Porém eu penso ao contrário
Quem perdoa é o otário
Que só “toma” numa boa
Ainn, não retribua com o mal!
Deixem então meter-te o pau
E retribua com sorriso
Viva na peia e feliz
Com porrada no nariz
Esperando o paraíso.
Perdão até posso dar
Se houver reciprocidade
Mas não tenho falsidade
Ao ver outrem me enganar
Se assim vá pro inferno!
Ainda quero ouvir os berros
No caldeirão do diabo
E se o capeta vacilar
Tomo a lança pra ferrar
Com labaredas no rabo.
Darei aos meus inimigos
Um tratamento “legal”
Peia nas costas com pau,
Porém para meus amigos
Desejo a felicidade
Com muita sinceridade
E alegria de sobra
E nem diga que estou errado
Os inimigos safados
Jogo no meio das cobras”.
Ainda bem que não tenho
Na vida um só inimigo
Assim não corro perigo
De perdoar sem empenho
Se alguém for para o inferno
Provar desse fogo eterno
Não serei eu o culpado
Nunca fiz inimizade
Pra não ter necessidade
De precisar ser perdoado.
JOEL MARINHO