QUEM SEMEIA AGRURAS PAZ NÃO COLHERÁ
Não quero epitáfio em letras garrafais
Se na fria vida não me deu nem alcova
Choros, velas, lamúrias, lamentos e ais
Não quero hipocrisia sobre minha cova.
Deixe-me aqui em meu lar permanente
Se tanto me amavas por que só agora?
Afaste-se de mim, lágrima de serpente!
Deixe-me aqui, por favor vá embora!
Tuas lamentações não adiantam mais
Águas passadas não movem moinhos
Seu choro é mentira, não me convence.
O mundo é teu não mais me pertence
Quem mata a rosa só vai ter espinhos
Quem semeia agruras jamais colhe paz.
JOEL MARINHO