Joel Marinho
Entre letras e versos
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QUANTO VALE UM PROFESSOR NA “PÁTRIA AMADA BRASIL”?
Eu ouço os discursos mais inflamados que professor no Brasil é “vagabundo” e não quer trabalhar. Por vezes fico triste, pois sei o quanto a maioria dos professores se esforçam para nesse momento tão crítico levar ao menos o básico aos seus alunos. E quando a frase é, “não querem trabalhar” parece que estou em casa o dia todo vendo televisão e comendo pipoca.
Agora de repente no Amazonas viramos serviço essencial, palavras do excelentíssimo governador.
Ó, descobriu a roda, o cara pálida!
Em um discurso “emocionante” ele diz que precisa imunizar agora para a volta às aulas e que basta uma dose da vacina para todos estarem imunizados e prontos para estar em sala de aula, indo assim de encontro ao recomendado pela ciência que se debruça e estuda noite e dia uma saída plausível para eliminar o famigerado vírus.
Em termos federais as reformas propostas em momento algum pensou no tal de professor. Ao contrário, os discursos inflamados só nos apontam diante a sociedade como “sugadores” do estado.
Diante a isso, quanto custa um professor?
Em vida, nada. Se morrer substitui o “miserável” imediatamente e está tudo certo.
E se fizer greve por melhores condições de vida?
Massacra, vai até a última gota de suor e sangue se possível, afinal não é serviço essencial, assim dizia o mesmo governador ao se recusar a negociar quando tivemos que fazer greve, bem diferente daqueles discursos pregados na televisão em seu programa sensacionalista de que o professor tem que ser respeitado
(Por falar nessa prática continua, os chamados programas “encantadores” de cabeças ocas, para não dizer outra palavra).
Esse olhar de não essencial se deu após ele chegar ao poder quando precisamos de mais de quarenta dias de greve para continuarmos com o básico.
Mas enfim, pelas diferenças de discursos percebemos o quanto vale um professor na “pátria amada Brasil”, absolutamente nada, quando muito uma nota de pesar em seu enterro pela secretaria de educação ou quando o momento convém para nos classificar como essenciais.
Ah, mas vocês já querem ser os privilegiados!
De maneira alguma, apenas respeitados quanto profissionais responsáveis pela formação acadêmica e profissional de quase toda a população, muitas vezes pela formação de caráter de muitos alunos, visto a falta de educação familiar que muitos chegam à escola.
É demais pedir respeito?
Enfim, de forma resumida para os dirigentes do estado brasileiro o professor é isso, apenas um “isso”.
Enquanto isso vamos lutando para sobrevivermos em meio a uma pandemia cercada de mistérios, cemitérios e ministérios envolvidos em falcatruas e desvios de verbas que poderiam ter salvado muita gente. Ainda tem a denúncia sobre o teste da “imunidade de rebanho” pregado pelo governo federal e possivelmente levado a cabo pelo governo estadual.
Bem, que ao menos isso seja investigado e se houver culpados que as cadeias construídas sirvam de abrigos a quem de fato merecer.
Se houve essa tentativa de “assassinato” eu não sei, mas pelo jeito o “rei”, do gado quer novamente o rebanho caminhando de volta ao matadouro, ops, as escolas e que a roleta russa possa ser posta em jogo novamente. Assim salve-se quem puder!
E que comecem os jogos!
 
 
 
 
Joel Marinho
Enviado por Joel Marinho em 19/05/2021
Alterado em 19/05/2021
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