EU SOU O MEIO EM LUGAR NENHUM
Estou entre a sanidade e a total loucura
Estou entre o fim e a metade nessa aventura
Entre os dois olhos mortos eu vivo
Nesse mundo perdido me adapto,
Porém jamais me acostumo
Por vezes quero seguir o meu rumo,
Mas o caminho chega ao fim.
Uns falam de sorte, outros de destino
Sobre a minha cabeça coroa de espinho
E nessa realidade de tristeza que abunda
A minha cabeça, dizem tem formato de falo
Assim as pessoas ao olhar-me falam.
Em meus dois olhos o enigma da morte
No olho da vida a tristeza, falta de sorte
E quando me olho no espelho, rastejo
Eu sou o meio, o grande esteio
Que não estou em lugar nenhum
Não tenho fim nem começo.
JOEL MARINHO