Joel Marinho
Entre letras e versos
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Textos
MINHA DOSE DIÁRIA DE CICUTA
Eu que pelo mundo ando
Nem sei onde e quando
Morri, deixe de viver.
 
O tempo é liso a escorrer
A vida é curta fez-me morrer
Afogado no meu oceano.
 
Neste inferno astral desumano
Onde Dante me jogou, tirano
Hoje resta-me infeliz loucura.
 
Resisti a vida de amargura
No calabouço vivi noite escura
Tomando doses diária de cicuta.
 
Se ainda vivo é na força bruta
Só o vento ouve minha escuta
E ricocheteia meu triste lamento.
JOEL MARINHO
 
 
 
 
 
Joel Marinho
Enviado por Joel Marinho em 11/08/2021
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