SE O BERRANTE NÃO ECOA
O menino da porteira
Morreu pisado por boi
A panela velha foi
Queimada pela fogueira
E quando a pinga pingou
Mariana se mandou
Levando o filho adotivo
Com coração de papel
Deixou o “Grandão” ao léu
Boiadeiro arrependido.
Entrou num barco furado
O fizeram boi de piranha
Dentro de águas estranhas
Está morrendo afogado
Mas como diz minha vó
Cuidado ao fazer um nó
Não vá apertar bastante
Pra quando for desatar
Você não se atrapalhar
E ficar só com o berrante.
JOEL MARINHO