SÓ O BARULHO DO TROVÃO
POR JOEL MARINHO
Se acha sua vida dura
Imagina a do Zé Trovão
Que entrou em uma guerra
Sem fuzil e sem facão
E sem dominar o léxico
Foi se esconder lá no México
Com medo do “furacão”.
Jurando ser importante
Fez um barulho sem vento
E depois arrependido
Ao “mito” pediu alento
Chorando feito criança
Cheio de desesperança
Não cumpriu o seu intento.
Trovão sem raio não rima
É só barulho e mais nada
Pois logo desaparece
Sem fogo é barca furada
Depois vem a calmaria
E vai dormir na cela fria
Ou desprezado numa estrada.
É assim que acontece
Com esses tais forasteiros
Que entram sem perceber
Em política sem dinheiro
Acabam perdendo a trilha
Sem lar, sem paz, sem família
E se tornam desordeiros.
Deus que me guarde e me livre
Dessa tal politicagem
Quero viver é em paz
Longe dessa trairagem
Em meio a essa patuscada
Só existe cobra criada
Falácias e inverdades.
Deixo um recado a você
Que acredita em “mito” pirata
Ou em “lula” sem cabeça
Viva sua vida pacata
Meu amigo caia fora,
Uma hora a bomba estoura
E esbandalha o ninho da pata.
Veja o que aconteceu
Com o defensor do “mitão”
Acabou despatriado
Sem lar, sem paz, sem razão
Juro que eu tenho é dó
De ver um coitado só
Sem “Ana Raio”, o Trovão.