A FESTA NO INFERNO, QUANDO O DIABO CHOROU!
AUTOR: JOEL MARINHO
Numa sexta feira treze
O diabo estava animado
E disse aos seus ministros
Hoje eu estou arretado
Eu vou fazer uma festa
Com cachaça e com seresta
E bastante convidados.
Então começou dar ordens
Pra confeccionar convites
Falava ele feliz
Quero festa com requinte
E começou anotar
Quem iria convidar
Do orador aos ouvintes.
Quero Hitler do meu lado
E Mussolini do outro
Getúlio Vargas meu chapa
Bolsonaro peso morto
Lula com suas inverdades
D. Pedro I sua Majestade
E Fidel com seu jeito torto.
Saddam Houssein, camarada
Esse não pode faltar
Bin Laden com suas bombas
Pra nossa festa animar
E pra ficar mais picante
Trarei um homem elegante
Ivan, o Terrível, Czar.
Joseph Stálin é convidado
Esse aqui eu também quero,
O papa Alexandre Sexto
Também Martinho Lutero
Quero inferno completo
Com amigos e desafetos
Com muita briga, espero.
E outros menos importantes
Também mandou convidar
Ele queria era unir
Todos no mesmo lugar
Coitado do pobre Diabo
Foi só arrumar pro rabo
Espera que eu vou contar.
Na abertura da festa
O Diabo gritou, meus caros
O meu grande orador
É o grande Bolsonaro
Ele disse “taoquei”
Mas acho que o Diabo é gay
Com esse fogo no rabo.
Começou o burburinho
E o Diabo se zangou
Mas Bolsonaro insistiu
O microfone pegou
Em três minutos quase pira
E contou tanta mentira
Que o capeta se assustou.
O Diabo gritou cai fora
Ninguém mente mais que eu
Suba aqui Adolf Hitler
O microfone é todo seu
Em meio a sua audiência
O Diabo bateu continência
Dizendo, esse me venceu.
Mussolini também quis
Dar um pouco de sua fala
Nesse momento o Lula
Já estava em outra sala
Foi chamando Bolsonaro
E lá dizendo, meu caro
Coloque aqui sua mala.
E chame aquele baixinho
O nosso Getúlio Vargas
Vamos ferrar o Diabo
Deixá-lo de boca amarga
Enquanto Hitler e Mussa
Tentam invadir a “russa”
A gente o demônio embarga.
Bolsonaro deu um grito
E disse tu tá doidinho!
Se eu fizer uma aliança
Contigo e com Getulinho
A imprensa cairá de pau
E eu perderei a moral
Com o povo do cercadinho.
Lula disse, companheiro
Largue a mão de ser burro
Pare com essa brabeza
Dê ao diabo esse urro
Bote ele pra correr
Chegaremos ao poder
E no Diabo daremos um murro.
Enquanto a festa rolava
Os malandros se uniram
O Diabo e seus assessores
Nada disso presumiram
Ao exército do capeta
Rolou propina sem treta
E dali todos sumiram.
E o capeta já porre
Quando foi sentar no trono
Vargas gritou, alto lá!
Essa cadeira já tem donos
O Diabo disse é besteira
Para com essa brincadeira
Do inferno sou patrono.
Lula disse, companheiro!
Tu ofendeste Bolsonaro
E por essa atitude
Tu vais pagar muito caro
Com “Naro”, Getúlio e eu
Malandro você perdeu
A bola acertou no aro.
Nisso o Diabo gritou:
Foi ele que me ofendeu
E me chamando de gay
No meu ego ele mexeu
Aqui o buraco e mais baixo
Porque eu sou cabra macho
E quem manda aqui sou eu.
O Diabo se viu perdido
Olhando pra todo lado
Dizia prendam os três,
Mas não viu nenhum soldado
Bolsonaro então cresceu
E disse o exército é meu
Prendam esse mal amado.
Nisso surgiram os soldados
E o Diabo se viu perdido
Quando Getúlio gritou
Prendam logo esse bandido
Acabou essa lambança
Com essa nossa aliança
O inferno está bem servido.
Levaram o pobre Diabo
E jogaram na cela fria
Ele chorava num canto
Dizendo isso é covardia
Dei uma festa aos bandidos
E agora eu estou perdido
Sem saber se é noite ou dia.
Daquele dia em diante
Sob nova direção
O inferno tinha três
Amiguinhos quase irmãos
Com rachadinha e propina
Eles compraram a China
A Rússia e o Cazaquistão.
Dizem que o pobre Diabo
Ainda não se conformou
Está preso na masmorra
Onde Luís dezesseis ficou
E batizaram esse dia
Como o dia da agonia
Quando o Diabo chorou.
Ainda bem que essa aliança
Fica só na ficção
Porque se fosse real
Era o fim desse mundão
Com esses três alinhados
O mundo estava acabado
Enganavam até o cão.
Um abraço meu leitor
E desculpem a brincadeira
É uma forma que encontro
Pra sanar minha canseira
Meus escritos é terapia
Para acalmar meu dia a dia
De trabalho a semana inteira.
Fim...ou não!