COMPRIMIDO NO LABIRINTO
Contemplo o horizonte sem nuvem
O azul se funde aos meus olhos castanhos
Cumplicidade plena entre mim e o silêncio
A amável solidão me abraça calmamente.
Rudes sentimentos rodam minha cabeça
E embalam-me no riso da saudade.
Onde estão as minhas belas tardes?
Onde foram os meus sonhos de menino?
A vida tinha tanto entusiasmo!
Hoje funâmbulo e sem fulgor
Desagua em minhas entranhas rio de lágrimas
Parece que estou perdendo a sanidade.
Essa inquietude me comprime ao labirinto
E eu me sinto sem força para sair desse imbróglio.
JOEL MARINHO