Joel Marinho

Entre letras e versos

Textos

COM O AMOR

Ela desceu devagar a velha escada, sentou naquela cadeixa de balanço embaixo da árvore, teceu um cigarro, acendeu, pôs na boca e deu uma grande baforada enquanto olhava fixamente para o horizonte que perdia de vista diante aquele mar azul que se fundia ao céu.

Pensando em seu amor marinheiro que sumiu naquele mar há trinta anos ela ficou petrificada na mesma posição com um sorriso no rosto como se tivesse visto ele a primeira vez.

Três horas depois foi encontrada sorrindo com o cigarro apagado na boca.

Morreu por amor ou com o amor, imaginável, mas com o amor.

 

Joel Marinho
Enviado por Joel Marinho em 03/07/2022


Comentários

Tela de Claude Monet
Site do Escritor criado por Recanto das Letras