COM O AMOR
Ela desceu devagar a velha escada, sentou naquela cadeixa de balanço embaixo da árvore, teceu um cigarro, acendeu, pôs na boca e deu uma grande baforada enquanto olhava fixamente para o horizonte que perdia de vista diante aquele mar azul que se fundia ao céu.
Pensando em seu amor marinheiro que sumiu naquele mar há trinta anos ela ficou petrificada na mesma posição com um sorriso no rosto como se tivesse visto ele a primeira vez.
Três horas depois foi encontrada sorrindo com o cigarro apagado na boca.
Morreu por amor ou com o amor, imaginável, mas com o amor.