A CAGADA DE ZÉ BENTO DENTRO DA IGREJA POR ACREDITAR NO (CU)LTO
JOEL MARINHO
Zé Bento ia a igreja
Quase que diariamente
Todo mundo o conhecia
Aquele homem tão crente
De joelhos ele ficava
Horas e horas ele orava
Que dava inveja na gente.
Porém um dia Zé Bento
Foi comer uma buchada
Dormiu um pouco, acordou
Com as horas atrasadas
Vestiu a roupa e saiu
Com pressa que nem sentiu
Uma dorzinha enjoada.
Foi correndo para a igreja
Lotada naquele dia
Um pastor “especial”
Uma visita fazia
E em sua pregação
Dizia que os pagãos
Praticavam heresias.
Ele chegou dando glórias
E em pé muito animado
E aquela dor de barriga
Foi deixando-o agoniado
Baixinho falou, Jesus!
Dei-me um pouco de luz
Por ter a pouco chegado.
Para sair de repente
Ia frustrar o pastor
Ele então resolveu
Segurar aquela dor
Mas a dor estava cruel
Que a porta do carretel
Já parecia uma flor.
Zé Bento então pensou:
Para Jesus vou orar
E gritando, “glória a Deus”
Inventou de se ajoelhar
E naquele movimento
Saiu merda, saiu vento
E um cheiro podre no ar.
O pastor sentiu o “cheiro”
E gritou: - Ó Barrabás
Jesus, tenha piedade
Desse filho do satanás
Que mesmo estando na terra
Sua alma perdeu a guerra
E aqui seu corpo jaz.
Irmãs e irmãos correndo
E Zé Bento envergonhado
Ficou dentro da igreja
Mofino e acabrunhado
Até a Virgem Maria
Todos os irmãos pediam
Banhai a esse cagado.
Zé Bento criou coragem
E da igreja correu
Atrás um lastro de bosta
Que o mundo todo fedeu
Fica a curiosidade
Até hoje não se sabe
Onde ele se meteu.
Dizem que até o pastor
Que viu aquela peleja
Nunca mais voltou ali
E até hoje esbraveja
Bento ganhou apelido
De Carretel Recolhido
E cagador na Igreja.
Fica um aviso a você
Muito cuidado ao orar
Jamais coma uma buchada
E não vá se ajoelhar
Quando doer a barriga
Pegue do milho a espiga
E vá o barro soltar.
Essa tal de diarreia
Não respeita nem jesus
Quando ela vem, sai da frente!
É mais rápida do que a luz
Pois enquanto você pensou
Ligar o interruptor
O fedor já lhe conduz.
Jamais pense que segura
Não confie no fiofó
Quando a dor vem no espinhaço
E a tripa fazendo nó
Corra se puder correr
Porque tudo vai feder
Caganeira não tem dó.
Não brinque com caganeira,
Pois sujar é seu papel
Veja o que aconteceu
Com aquele pobre fiel
Perdeu aquela peleja
E cagou toda a igreja
Confiando no carretel.
Muito obrigado pela intereção, poeta Joaquim Veríssimo Ferreira!
Assim tá a progressão
no cunho da bagaceira
pro dia da eleição
escancarando a porteira
avançando a cachorrada
o poder não esconde nada
desabando a, ... A caganeira.!?