INTERNADA NO CONVENTO, EXISTIU, MAS NÃO VIVEU Quando ela entrou forçada no convento Pensou com o vento, tudo acabou! Uma vida sem escolha, pobre menina, Todo talento que tinha ali enterrou.
Tecendo tricô e entoando cânticos Nada romântico, é claro Por uma fenda olha o horizonte E sente um prazer tão raro.
Pela fresta um raio de luz Que a conduz à felicidade Um sentimento de paz latente No peito sensação de liberdade
Ó doce aurora da mocidade, Sem maldade, banho no chafariz Com as outras meninas a brincar Era tudo, pois seu mundo era feliz.
E qual erro daquela pobre menina? Desatina-nos pensar no grande horror Internada no convento pelo pai Para ela não viver um grande amor.
Já sem força pela avançada idade Por maldade ela ali envelheceu E a morte lhe sorriu, o abraçou Já é tarde, existiu, mas não viveu. JOEL MARINHO
Joel Marinho
Enviado por Joel Marinho em 12/01/2023
Alterado em 12/01/2023 |