EM NOME DE DEUS E DO OURO
O grito de socorro ecoa no centro da mata
As flexas venenosas já não matam mais
O veneno nos rios se espalha e mata,
A mata, os sonhos, esperança e animais.
Os tempos de glória com as bênçãos de Tupã
Quando o esturro da onça animava o caçador
Hoje é campo e céu aberto sem mais amanhã
Só se ouve tiro, bomba e barulho de trator.
Qual a parcela do teu pecado Ianomami?
Será que é pecado cultivar inhame e flor?
Pelas contas do “cristão” tu viraste pecador!
O que querem certamente não é te salvar
Querem mais, vão roubar todo o teu tesouro,
Tua mata, tua alma em nome de Deus e do ouro.
JOEL MARINHO