NÃO NEGO A TECNOLOGIA, POREM NÃO TROCO POR MINHA CRIATIVIDADE Trocamos nossa memória Por uma artificial O tal ChatGPT Vem se tornado afinal A tal febre do momento Temo que o sofrimento Surja num golpe fatal.
Tem gente que está vibrando Com essa nova invenção Estudantes vêm caindo Na terrível tentação Por não querer se esforçar Manda o robô "trabalhar" E assim tem tudo na mão.
A mim há grande problema Talvez seja vaidade Não sei se um dia me curvo A essa grande inverdade, Não vou deixar que um robô Roube o que tenho e o que sou Paixão e criatividade.
Fico aqui com meus botões No meu canto imaginando Eu sentado ali inerte A um robô suplicando Que escreva poesias Tirando-me a alegria De eu ser feliz criando.
Não nego a tecnologia E acho até bem legal, Mas trocar minha inteligência Por uma artificial Além de ser esquisito Juro, jamais admito Porque sou original.
Me chamem de obsoleto De velho e ultrapassado Sou velho e estou passando Talvez sem deixar legado, Porém vou com muito orgulho, Pois eu crio o meu "bagulho" Sem um robô abestalhado.
E só para terminar Eu vou falar bem ligeiro Depois que veio o tal pix Da banda do estrangeiro Eu ando igual menino Perdido sem desatino Com o bolso sem dinheiro.
Não vou negar que é legal Porém causa confusão Dia desses essa moléstia Acabou me deixando na mão Passei tremenda vergonha Com essa coisa medonha Que vem da mesma invenção.
Então pergunto a vocês Que buscam essa inverdade Se uma hora qualquer Em um ato de perversidade Alguém "mate" o robôzinho Em qual será o caminho Que se perde a humanidade?
Enquanto vida eu tiver Fico com minha verdade Uso a tecnologia, Mas jamais serei covarde De entregar de mão beijada Para essa robôzada Minha criatividade. JOEL MARINHO
Joel Marinho
Enviado por Joel Marinho em 17/04/2023
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