Joel Marinho

Entre letras e versos

Textos

O PORRE DE NOÉ DESPOIS QUE SAIU DA ARCA
O PORRE DE NOÉ DEPOIS QUE SAIU DA ARCA
POR JOEL MARINHIO
Deus falou para Noé
Olhei pelo mundo inteiro
Só encontrei desordeiro
Um bando de Zé Mané
Faz uma arca e mobília
Põe nela a tua família,
Porém leva a bicharada
Eu vou abrir as comportas
E ver até onde suporta
Essa turma avacalhada.

Ufa, disse Deus no céu
Acabei com a safadeza
Agora é tudo beleza
Acabou esse bordel,
Mas mal sabia o Senhor
Que Noé logo plantou
Vinhedo e muita cevada
E com sede de cem anos
Ele “entortou o cano”
Que rompeu a madrugada.

Tomou cerveja adoidado
Que ensopou o pavio
Porre vendeu o navio
E “doidão” dormiu pelado
Quando Cã, filho do cão
Viu aquela arrumação
Gritou, manos venham cá!
Fez fotos e espalhou
Na internet postou
Antes do velho acordar.

Quando Noé acordou
E soube da presepada
Ficou de cara fechada
E muito sério falou
Maldito é tu filho meu
Cai fora com os Filisteus
Vai ser errante no mundo
E se acaso aqui voltar
Dez surras tu vai levar
Ó meu desgosto profundo.

Deus observando tudo
Pensou, o que foi que fiz
Antes eu era tão feliz
Vivia calado e surdo,
Não tinha preocupação
Essa minha criação
Tinha tudo para dar certo,
Mas a desgraça da cobra
Desgraçou com a minha obra
Fez meu jardim um deserto.

Foi daí que o Senhor
Largou o homem de mão
Disse, não sou leso não
Continuarei tendo amor,
Porém façam o que quiser
Seu bando de Zé Mané,
Vou estar sempre no céu
Na hora que me chamar
Estou pronto para ajudar
Vou cumprir o meu papel.

Por aqui eu finalizo
Espero que não se zangue
Não venha me tirar sangue
Te peço, tenha juízo!
Se achar que estou errado
Leia a Bíblia com cuidado
Em Gênesis capítulo nove
Não brinco com sua fé,
Mas o porre de Noé
Até hoje nos envolve.
















Joel Marinho
Enviado por Joel Marinho em 06/05/2023
Alterado em 07/05/2023


Comentários

Tela de Claude Monet
Site do Escritor criado por Recanto das Letras