O CIGARRO E A CIGARRA (QUEM NÃO DÁ ASSISTÊNCIA ABRE VAGA PARA A CONCORRÊNCIA) JOEL MARINHO
Quando a cigarra cantava O cigarro insolente Nada fazia da vida Era muito inconsequente Até que o fogo o tocou Alguém pegou e fumou Virou fumaça o indecente.
Até hoje ele pena Na boca de muita gente Sentindo bafo de “bode” Em meio de podres dentes E quando o fogo lhe passa Vira cinza e fumaça Saindo pela tangente.
Enquanto isso a cigarra Vive a fazer cantoria No finalzinho da tarde Faz aquela sinfonia Não vive de ladainha E se satisfaz sozinha Cheia de paz e alegria.
Pois o único que perdeu Foi o “leso” do cigarro Que vive de boca em boca Levando câncer e pigarro Até hoje ele não presta Tudo o que dele resta É aquele espesso escarro.
Não seja como o cigarro Cuide de sua cigarra, Pois se você não cuidar Querer viver só de farra Pode acabar sozinho E o fogo em seu caminho Vai lhe abraçar na marra.
Joel Marinho
Enviado por Joel Marinho em 05/09/2023
|