MINHA CABEÇA, UM VULCÃO
JOEL MARINHO
Dentro da minha cabeça
Um vulcão
E sempre em erupção.
Eu pensei que com o tempo
Com o peso da idade
Minha cabeça iria parar
Se quietar um pouco, sabe?
Tornar-se improdutiva
E adormecer na ociosidade.
Ledo engano
E as vezes pego-me pensando
Quantas coisas a acontecer, mas...
E o tempo, o bendito tempo
Ele não para,
Logo também não para
Esses meu pensamento.
Ainda terei muito a conquistar?
E não digo conquistas monetárias
Isso importa,
Porém é o que menos importa.
Digo...conquista de viajar
Conhecer outros lugares
Aprender outro idioma.
Sei que o tempo de mim zomba,
No entanto, não o temo
A ele não me rendo
E vou levando firme e forte
Mesmo que me aproxime
Da velha e maldita morte.
Mas quem disse que dela tenho medo!
Não a quero, é claro,
Mas tenho curiosidade do seu segredo
Que ela venha, porém sem nenhuma pressa,
Que a vida me abrace, me ame muito ainda,
Pois ainda tenho planos
Ao menos em minha cabeça.