SOLIDÃO E DOR
Vejo tudo tão distante
A nuvenzinha parada
Lá no fim do horizonte.
Eu era tão jovial ontem
Um menino que sonhava,
Sonhava em conquistar o mundo.
Caminhei por vales profundos
Tropecei desordenado pela estrada
E agora a vida anda tão parada.
Olho pela janela, sonhos
O mundo aberto sorrir a mim,
Porém nada mais faz sentido.
O que me resta ainda de vida?
O chão que outrora era fértil
Agora se mostra um deserto
A garra se foi nesse campo aberto
E o velho que sobrou, dor
Ver a esperança dando adeus
E a dor da solidão nesse quarto fechado
Foi o que sobrou ao pobre coitado.
JOEL MARINHO