OU O MUNDO ESTÁ PERDIDO OU FIQUEI OBSOLETO
Eita mudança da peste
Nos jovens de hoje em dia
Eu passei observando
Um grupo, que agonia!
Cada um com um celular
Horas e horas a teclar
Nenhuma voz se ouvia.
Conferi sete meninos
Um sobre o outro deitado
Pareciam até mortos
Eu sai desconsolado
Lembrei da minha infância
Será que tem esperança
A esse povo coitado?
Espero sinceramente
Que o errado seja eu
Mas ao que tudo indica
O mundo já se perdeu
Ainda bem que por sorte
Vem a maldita da morte
E leva a todos sem adeus.
Porque fico imaginando
O que virá pela frente
Uma nova geração
O que seria da gente
Ver toda essa letargia
Uma sociedade fria
Esquisita, descontente.
Ainda bem que todos temos
Uma data de validade
E quando chega essa data
Da avançada idade
A mulher da foice pega
E a todos nós carrega
Ao banco da eternidade.
Tomara que em outra vida
Se é que vai existir
Se tiver que todos tenham
Sua geração pra seguir
Porque se for misturar
Não posso por lá ficar
Sei que não vou resistir.
Desculpem esse meu jeito
Obsoleto e ultrapassado,
Talvez esse meu olhar
Esteja ao todo errado
Mas não concordo jamais
Ver uma moça ou rapaz
Sem um rumo a ser tomado.
E assim vamos criando
Um bando de incompetente
Que acredita que a máquina
Vai salvar a toda gente
Se um dia a máquina falhar
Tudo vai desmoronar
Igual fogo em cera quente.
A cena que vi ficou
Na minha mente gravado
E por aqui me despeço
Não aguento estar parado
E ficar ao celular
Muito tempo a teclar
Até mais, muito obrigado!
JOEL MARINHO