DAS CARTAS QUE ESCREVI
Quantas cartas de amor escrevi
E nenhuma mandei
Todas rasguei, desisti.
No fundo eu sabia
Que quando escrevia
Era para ti,
Mesmo com nomes aleatórios
De pessoas que achava serem perfeitas a mim.
As minhas carta tinham linhas tortas
Mas aquela velha caneta
Vertia tintas de amor
Com palavras verdadeiras.
Que bom, que bom que não as mandei!
Imagina hoje o meu arrependimento
De ter dito o amor que sinto
A outras e não a você.
No fundo da alma eu já sabia
Que encontraria você um dia
E assim tornava eterno
Aquilo que escrevia
E depois destruía
Agora posso pessoalmente dizer,
Que todas as letras de tintas coloridas
Ganharam vida
Quando encontrei você.
JOEL MARINHO