Joel Marinho
Entre letras e versos
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AINDA HÁ TEMPO, DIZEM OS ESPECIALISTAS, MAS PRECISAMOS AGIR AGORA

JOEL MARINHO

Se meus versos mal rimados

Alcançar seu coração

E abraçar sua alma

Ó que tamanha emoção!

Será um contentamento

Eu tocar seu sentimento

E lhe causar comoção.

 

Porque o tema a seguir

Tem causado sofrimento

Muita angústia e horror

Grandes descontentamentos

Gritos de ais e sussurros

Com pedidos de socorros

Em meio a tantos tormentos.

 

São cheias pelo Nordeste

Seca no “pulmão” do mundo

Homens morrendo de fome

Bichos tristes, moribundo

No Pantanal, jacarés

Vivem em grande revés

O sofrimento é profundo.

 

Enchentes matando bichos

Mulher, idoso e criança

Furacão derruba casa

Trazendo desesperança

Explode mais um vulcão

Na Europa ou no Japão

Perde o homem a confiança.

 

E os homens pedem aos deuses

Cada um com sua fé

Jeová, Jesus, Alá

Abençoe homem ou mulher

Mas continuam explorando

Muito dinheiro ganhando

Da maneira que puder.

 

Poluem rios e florestas

Tudo o que é natural

Criam tecnologias

Fria e artificial

E nesse triste engano

Vai matando o ser humano

De forma descomunal.

 

Nas praias muros de arrimo

Constroem-se às margens dos rios

Jogam concreto, acimentam

Vejam os grandes desvarios,

Mas como todo anzol tem volta

A natureza se revolta

E torna tudo um vazio.

 

Devasta em um dia só

E joga tudo no chão

Com água ou com terremoto

Ou as lavas de um vulcão

O homem então triste chora

E aos seus deuses implora

Que tenham mais compaixão.

 

Que tem os deuses com isso?

Me diz, ó homem arrogante!

Com tanto saber que tem

Não seja deselegante

Assuma as suas bobagens

Não perturbem as divindades

E não fuja do seu “flagrante”.

 

Você com sua ganância

Querendo um mundo ideal

Destruiu a natureza

De forma descomunal

Agora vem com lorota

Com arrogância e revolta

Fazendo esse carnaval.

 

Já tem mais de meio século

Os cientistas alertando

Cuidemos da nossa casa

Os recursos estão acabando

Porém os homens de “bem”

Querem acumular mais bens

A terra vão devorando.

 

E depois que o bicho “pega”

Não adianta rezar

Orar ou fazer mandingas

Nada vai adiantar

E em fração de segundos

Literalmente seu mundo

Tende a desmoronar.

 

Gritos de ais e socorros

Por mais que possa se ouvir

Não dá mais pra fazer nada

Só nos resta ver ruir

E assistir na televisão

Toda aquela aflição

Até mais nada existir.

 

Mas ainda temos tempo

Dizem os especialistas

Basta agirmos agora

Ainda há esperança à vista

Antes que a total desgraça

Nos segue com a fumaça

E perdermos de rumo a pista.

 

Espero que toda a dor

Que tem causado aflição

Traga para o ser humano

Uma grande reflexão

E esse meu cordelzinho

Toque você com carinho

Para unirmos as mãos.

 

Do contrário, meus irmãos

É o fim da humanidade

Não tem tecnologia

Que acabe essa atrocidade

Pode até nos ajudar,

Porém para nos salvar

É a inteligência de verdade.

 

É cuidar do que é nosso

Que nos foi dado de graça,

Porém a nossa ambição

Nos impôs essa desgraça

Se todo mundo ajudar

Esse trauma vai passar

Então que o certo se faça!

 

Deixo aqui o meu abraço

Desculpem meu jeito duro

Essas minhas rimas pobres

É mais um tiro no escuro

Mas se leu até aqui

Posso confiar em ti

Na construção do futuro?

 

 

 

 

 

 

 

Joel Marinho
Enviado por Joel Marinho em 08/06/2024
Alterado em 08/06/2024
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