Joel Marinho
Entre letras e versos
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Textos

SEM PULSO DE POESIA

Ó sabia Calíope,

Perdoe essa minha triste oração,

Mas deixe me abraçar sua eloquência

E o dom de suas palavras toque em mim.

Sinto-me uma arvores seca

Caminhando sem rumo no deserto

O oásis de minhas palavras

Fugiu, não está por perto.

Aperto as minhas ideias e nada sai

Em mim anda tudo desconexo

Calíope, me aperta em teu amplexo!

Remove de mim essa loucura

Essa coisa terrível que me tortura

Traz de volta a minha inspiração.

Seria eu um homem sem sorte?

Será que já me sorri a morte?

Perdi a rima, o som, a melodia

Engoliu-me a noite escura e fria

Meu pensamento está tão bagunçado

Nesse caos eu me encontro tão cansado

Mesmo que ainda viva já estou morto

Se em meu peito não pulsar mais poesia.

JOEL MARINHO

 

 

Joel Marinho
Enviado por Joel Marinho em 03/07/2024
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