ENCLAUSURADO
Quem se importa
Com o velho caderno de poesia
Aquele que antes transmitia
Emoções de temas diversos
Agora anda tão disperso
Aposentado e guardado
No fundo de uma gaveta.
Foi trocada repentinamente
Pelos tais de teclados inteligentes
E vive abraçado à velha caneta.
Ninguém mais o quer por perto
Reclamam que nele só há fungos
E assim se afoga em solidão
Em meio ao sofrimento
As pessoas nem imaginam
Quanto há ali se sentimento.
JOEL MARINHO