QUANDO BATERES EM MINHA PORTA
Quando a morte em minha porta bater
Quero estar bem, sorridente e resolvido
Não darei a ela esse prazer
De passar pela vida sem ter vivido.
Amo a vida, mas entendo que a morte
É o ponto, grande divisor de águas
Para ela não há glórias nem há sorte
Toda vida em seus braços se deságua.
Venha a mim, mas não venha muito cedo
Deixa a vida abraçar-me por mais tempo
Não se apresse, pois não vivo apressado.
Não te aceito, nem te esperarei sentado
Aos teus sinais eu ficarei sempre atento
Não o quero, mas encararei sem medo.
JOEL MARINHO
Um dia qualquer no meio da pandemia eu comecei escrever isso e nunca havia acabado, nem título tinha, mas ficou gravado no Google Drive, hoje fazendo uma limpeza de e-mail encontrei e resolvi terminar.