MAR DE MELANCOLIA
Eu observo o espaço
Vejo estrela sem futuro
Olho em cima do muro
A esperança sem passos.
Acuada está a sorte
Nos braços da solidão
Pelo véu da escuridão
Ouço o sorriso da morte.
Sem abraço e alegria
Está o semblante da vida
Sua face tão sofrida
Só transborda agonia.
Já não há mais eufemismo
Que enfrente a melancolia
Dessa minha poesia
Com cheiro de pessimismo.
Não quero contaminar
O seu lado positivo
Só não posso ser passivo
Vendo o abismo nos tragar.
JOEL MARINHO